sábado, 7 de novembro de 2009

Já cantamos no chuveiro e até pulamos amarelinha.,

Estou aqui, pensando até quando ficarei feliz! A chuva aperta lá fora, e eu escuto Los Hermandos.
O coração por instantes tenta me passar para trás, não sei exatamente se é certo ou errado, mas quem melhor para dizer o que quer ou não. O vento está levando minhas palavras janela à fora, as cortinas rodopiam, parecem nuvens de algodão, naquele dia ensolarado. Quem diz que não tem no que se pensar em um momento assim? Minha cabeça quer dizer, meu corpo padecer, minha alma sumir. Mas faria tudo outra vez, sem medo de errar, sem medo de ter que enfrentar tudo novamente...em instantes a porta se bate... sim é a confirmação do sentimento.
E as noitadas, as bebidas, saídas? Ser diferente não me define menos humanos ou menos gente! O modo com que as palavras caem aqui, é o jeito que eu penso. Flutuo nas letras e deixo os dedos deslizarem em cima do teclado e a cabeça trabalhar...não tenho o certo o motivo, mas tenho o certo a certeza. Me colocaria o dedo no rosto, e faria com que o mundo desabasse, agora toca Caetano Veloso, uma seleção de músicas que me faz refletir, que me tira daqui e me joga " literalmente " a outro mundo.
Tomamos banho, cantamos no chuveiro, rimos quando não devemos, pulamos amarelinha, sonhamos e nunca está perfeito. Sou o mesmo que às vezes necessita de carinho , cuidado, atenção, um aperto de mãos, um apertão de orelhas.
Seria mais fácil, se viéssemos com um papel no braço ao nascer. Pronto! Tu vai ser Advogado.
Mas, por favor, a vida não é feita e muito menos moldada quando nascemos e sim com o decorrer da mesma, precisaria de um dia inteiro para saber se quero ou não tal coisa.
Olha para o meio da casa e vejo a música. Hoje estava bela.
Cantou no almoço e incansavelmente não deixei de admirar seu corte novo de cabelo, seu olhar profundo, as sobrancelhas desenhando e marcando o rosto. Terminaria com aquele belo e meigo sorriso, é o que identifica ela. Soou enquanto estávamos pensando no mundo, mas continua a cantar, a tocar , e a soar dentro de seu espaço.

" Sem um porquê/ eu viro à mesa/ parece ser o fim/
Mas quando me lembro/ que tenho você/ eu procuro me acalmar/
Isso me consola/ e tudo melhora/ e a cabeça volto para o lugar "

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