sábado, 1 de outubro de 2011

Rock menos no Rio


Rock in Rio, um festival de música realizado e idealizado pelo empresário Roberto Medina;A “estreia” do festival foi em 1985. Originalmente organizada no Rio de Janeiro.Não sou muito bom de memória, mas uma de suas primeiras edições do festival fora do país, fora em 2004 ou 2005, em Lisboa ( eu acho ). Mas tenho certeza que a primeira edição em dois locais diferentes, ocorreu em Lisboa e Madrid, 2008.A grande fama do evento deu-se pelo fato de haver grandes músicos internacionais. Como eles não tinham o “costume” de vir para América do Sul, Roberto Medina proporcionou este grande presente, podendo ali, ter o primeiro, ou o único contato com um ídolo do rock – e assim enriquecendo a cultura. Entendo a posição da organização do Rock in Rio, em querer bandas “americanizadas”, sei que isso gera o grande marketing. Mas não aprovo. Penso que Rock in Rio, primeiramente, é rock, não pop, não jazz, não soul, não axé.Já imaginaram em um “trio elétrico” na Bahia, os “Ratos de Porão”? Todos de abadas pretos com detalhes em caveiras! Seria interessante.O Rock in Rio,  teria que parabenizar o rock, uma oportunidade para bandas do grande rock brasileiro: Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Ultraje, Acústico & Valvulados, Biquini Cavadão, Titãs entre outros.No primeiro festival em 85,  Os Paralamas do Sucesso foram considerados como a grande revelação do festival, promovendo assim o seu segundo disco (o bom e velho bolachão) “Passo do Lui”. Foram convidados de última hora pela produção do festival, sem banda de apoio, sem poder construir um cenário, o show deles, ou melhor, o cenário, foi apenas, um vaso com água e uma palmeira. Aí está a questão!Porque não dar valor os brasileiros? Não vou filosofar, nem “demagogiar” como muitos.A revista Veja fez uma matéria rica. Rica no sentido de informações... No sentido de futilidade do Rock in Rio. Informou as “exigências” dos camarins dos músicos. Aí me lembrei de 85 (não que estivesse lá), o acontecido com o Paralamas. Apenas um vaso com uma palmeira. Isso me intriga!A revista mostrou que, na quarta edição do Rock in Rio, em que  Guns N´Roses foi convidado, Alx Rose ( ou o que sobrou dele) foi o mais nojento, o mais babaca e mais chato. Trocava de humor a todo o tempo, se acordasse bem, seria um show memorável, se acordasse mal, bom, aí ferrava tudo. Roberto Medina contou que, nesta edição, vinte minutos antes de subir ao palco, a “gracinha” do Axl, disse que não iria apresentar- se, pois queria trocar de calça. Queria uma que o mesmo deixou no avião. Medina, diz que não gosta nem de lembrar do episódio, mas conseguiu contornar.Na verdade, Medina não conseguiu contornar, teve sim foi sorte, pois, o aeroporto de Lisboa fica a 20 minutos da Cidade do Rock.Se minha mãe gostasse de rock, e não de Calypso, teria certeza que ela iria dizer: - “ isso é falta de laço “Axl fez uma lista de exigências de quatro páginas. No cardápio, de comidas excêntricas a uísque. Não dos mais baratos, destes que compramos em supermercados,  tudo coisa de primeira linha, champanhe francês, uma marca de cerveja tcheca e outra australiana e seis pratos frios e quentes, para a banda escolher na hora.“Isso é falta de laço”!É!!! Coitado dos Paralamas!!! Será que após o show em 85, eles jogaram a palmeira fora?Mas, enfim, entre axé e pop, salvaram-se todos.


Por: André Luiz Siegle Fraga / fragaandre.blogspot.com/


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