Estou aqui escrevendo sobre a decepção que tive sobre um dos melhores médicos, J.J. Camargo, em sua “escrita” na Zero Hora de hoje, sábado 10 de Março de 2012.
J.J. Camarco escreve um texto com fins, ou melhor sem fins. Tenho por uma experiência própria, que tenha algo voltado para lado da Publicidade do renomado médico, não sei se queria uma repercussão em seu nome, espero que ele não queira “semear a discórdia “, mostrando ali entre linhas um preconceito barato de uma mente que estudou tanto;
Vou escrever por tópicos, para aqui ficar esclarecido o ponto de vista;
1 – Primeiramente, meu caro Dr. sim, as tatuagens são milenares; em 1871 Charles Darvin escreveu um livro chamado “ A descendência do Homem “ – todos deveriam ler, livro excelente - o qual afirma que do Pólo Norte à Nova Zelândia não haviam aborígenes que não se tatuasse, para entender o conceito de “multinascimento” , alguns críticos supõe que a tatuagem estava na bagagem das grandes migrações dos grupos humanos e por isso passou de um povo para o outro, através da “ arte – pré histórica “ podemos encontrar vários vestígios de povos que cobriam o corpo com vários desenhos e vários exemplares de arte rupestre. Após lutas corporais e caças, os pré – históricos marcavam com orgulho sua pele em forma de expressões naturais de força e vitória.
Assim negando a afirmação da coluna do Dr. que diz: “ E isso desde tempos remotos, quando gerações primitivas praticavam verdadeiras automutilações para lograrem uma imagem que era tão mais festejada quanto mais bizarra e chocante “
2 – “Algumas mulheres, lindas e solenes como devem ser as lindas, batem o ponto com uma florzinha discreta na nuca, só visível quando, cheias de charme, enrolam os cabelos sob a aparente alegação, sempre falsa, de calor no pescoço “ - J.J. Camargo
Todas mulheres são lindas, com ou sem tatuagens, cabelos grandes ou curtos, de cor branca ou preta, de pele macia ou áspera, com ou sem perfume, mulher Dr. é digna de respeito, sem elas não estaríamos aqui. Com ou sem batom, todas são lindas.
3 – “Logo depois desfilam os ingênuos e os imprudentes, que tatuam declarações definitivas ao amor, esse sentimento marcado pela efemeridade. Como manter o entusiasmo sexual do Raul se logo acima do cóccix há uma jura de amor pelo Duda? “ – J. J. Camargo
Meus caros, a forma de tatuar frases, desenhos, imagens, revela a personalidade de casa pessoa. O que então, meu caro Dr. poderia falar sobre às mulheres frutas? Sobre silicone? Sobre obesidade? Sobre drogas? É ! teria que escrever mais 4 colunas.
4 – Quem tatua – se, não sofre de nenhum problema psicológico menos ainda de autoestima; pelo contrário, a beleza externa não nos tornará um ser humano melhor, pois, a aparência das pessoas não está relacionada com o conteúdo interno do corpo – isso os médicos entendem – o nosso coração é quem coordena às nossas ações.
5 – “ ... Até os que praticam a aberração de tatuar o corpo inteiro, que dá aquele aspecto grotesco e repulsivo, e que desafiam os psiquiatras de plantão a tratar uma falência tão absoluta da autoestima. / “O que é certo é que todo o tatuado ignora uma verdade absoluta e irrevogável: ele vai envelhecer! “ – J.J. Camargo
“ Aberração de tatuar o corpo inteiro “ , infeliz nesta colocação.
Todos nós iremos envelhecer, independente de ter ou não uma tatuagem. A velhice acompanha aquele que sabe viver. Esporte, alimentação, saúde , isso sim teríamos com que nos preocupar. A saúde do nosso Brasil, está lamentável. Postos de saúde precisando desta “apresentação” para que a sociedade dê realmente importância para aquilo que interessa. Minhas tatuagens, não interferem a minha velhice, me orgulho de cada diz sorrir e assim costurar mais uma ruga.
6 – “ Pensei nisso observando na fila de um banco. Um velho hippie que provavelmente na flor da juventude, lá pelos anos 70, tatuou um jaguar nas costas e uma declaração de amor no peito. Triste ver o bichano acocorado pelo enrugamento da pele. E quando ele se virou, me dei conta que a sua musa vai ter que se contentar com uma mensagem cifrada. Várias letras sumiram nas pregas da velhice. Tomara que a amada ainda seja a mesma – e que tenha boa memória. “ J.J Camargo
Este “ velho hippie” que pelos anos 70 tatuou-se, não deveria mesmo ter motivos.
ACONTECIMENTOS DOS ANOS 70:
1975 a televisão em cores começa a se tornar popular no final dos anos 70;
25 de abril de 1974 - Revolução dos Cravos em Portugal acaba com o regime militar no país;
15 de março de 1979 - o general João Baptista Figueiredo assume a presidência do Brasil;
1973 - Crise mundial do petróleo;
Março de 1970 - Depois de muito sucesso, acaba a banda de rock Beatles;
Fizeram sucesso nos anos 70 músicos brasileiros: Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Velos, Elis Regina, João Gilberto, Gal Costa, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Rita Lee, Chico Buarque, Clara Nunes, Jair Rodrigues, Jorge Ben Jor, Raul Seixas, Tim Maia, Vinicius de Moraes;
É! Realmente o “ velho hippie “ não teve nenhum motivo nos anos 70.
Por: André Luiz Siegle Fraga / fragaandre.blogspot.com / fragaandre@gmail.com